Meditando e integrando
Como cachorro correndo atrás do próprio rabo, criamos os problemas que nos perseguem. A aquisição de consciência sobre a autoresponsabilidade deriva de um exercício de atenção plena, de uma observação gentil e sobrepairante da nossa própria vida. Sair de cena requer um estado de passividade; de auto-entrega ao momento e às coisas, de aceitação incondicional a tudo, de apreciação do bom e do ruim, do bem e do mal.
Com a "dissolução momentânea" do ego; um estado meditativo que ocorre naturalmente após algum tempo de prática, nos integramos ao Cosmo sem qualquer tipo de barreira ou diferenciação. Podemos sentir, mesmo que por uma fração de segundos, todas as dores e alegrias do mundo. Lágrimas pacíficas de extrema compaixão nos desce à face, assim como uma tremenda e incontível alegria serena. Essa plenitude transborda e invade o espaço ao redor. Direcionamos instantaneamente nossa intenção e energia, como em uma oração, aos sofredores mais próximos, depois aos mais distantes, e cobrimos o planeta e o Universo.
Assim, deixamos de criar problemas para nós mesmos, ao tirar o foco do que não é importante. Ao tomar consciência das pseudo-urgências do nosso ego desequilibrado, passamos enfim a priorizar a integração. Integramos então as nossas partes alienadas que estão fora da consciência, na mesma velocidade em que nos integramos ao todo, à grande rede.
Boa meditação a todos!